Título Original: The Rake
Autora: Suzanne Enoch
Série: Lições de Amor (vol. #1)
Ano: 2018
Editora: Harlequin
Páginas: 288
Sinopse: Lady Georgie está cansada de ver Tristan Carroway, visconde de Dare, partir os corações das jovens damas da sociedade londrina. Ela o considera um cretino por fazer isso sem remorso e porque também já caiu na sedução dele. Seis anos atrás, Tristan se empenhou em cortejá-la, tudo por causa de uma aposta que quase arruinou o futuro da jovem debutante. Disposta a se vingar, Georgiana acha a forma perfeita: seduzir o terrível visconde e abandoná-lo. Dessa forma ele aprenderá a respeitar os sentimentos das outras pessoas.
Tristan está em um momento perigoso: sua família está à beira da falência e a única forma de solucionar o problema é se casando com uma herdeira que esteja interessada no título de viscondessa de Dare. Mas como é possível se aproximar e conquistar uma esposa se Georgiana Halley está sempre atrapalhando, seja batendo-lhe os dedos com um leque ou... simplesmente roubando o seu coração? Ser seduzido não está nos planos de Tristan, mas se Georgie acha que pode sair impune dessa lição, talvez ela esteja muito enganada!
"Como se vingar de um cretino" trata-se do primeiro volume da trilogia Lições de Amor. Logo no início do livro somos apresentados ao plano maluco que Georgie e suas duas melhores amigas, Lucinda e Evelyn (as protagonistas dos próximos volumes), decidem pôr em prática: cada uma irá criar uma lista de regras que deveriam ser seguidas pelos cavalheiros ao tentar ganhar o coração de uma dama e, a partir dessa lista, elas escolherão um homem cada para ensiná-los o que precisam saber para impressionar adequadamente uma dama. É esse plano que vai guiar o desenvolvimento da trilogia, sendo Georgie a primeira a colocá-lo em ação.
Tendo um passado conturbado com o sedutor visconde de Dare, Tristan Carroway, Georgie acaba escolhendo-o para ensiná-lo de uma vez por todas a não brincar com o coração alheio – nem que, para isso, ela acabe arriscando o próprio coração no processo.
"– (...) você acha que ele é alguém a quem você possa entregar seu coração, minha querida?
– Essa é uma ótima pergunta. Eu a avisarei quando souber da resposta. – Georgiana deu as costas para a tia, seguindo na direção de seu quarto. – Eu realmente gostaria que meu coração e minha cabeça tomassem as mesmas decisões, no entanto.
Frederica franziu o cenho. Isso era ainda pior do que imaginara.
– Não gostaríamos todos?"
Com uma escrita fluida e envolvente, Suzanne Enoch constrói não apenas uma narrativa leve e divertida, mas também personagens igualmente cativantes. Quem me acompanha aqui no blog há mais tempo sabe o quanto eu AMO relacionamentos de amor e ódio, com o mocinho e a mocinha sempre brigando e se provocando, mas que a gente sabe que, lá no fundo, um não vive sem o outro (sim, eu amo um clichê, me deixa). Por conta disso, fiquei MUITO feliz quando vi que a relação do Tristan e da Georgie se tratava exatamente de um relacionamento cão e gato, cheia de diálogos sarcásticos e comentários ácidos, bem do jeitinho que eu gosto <3.
Os dois se conhecem há anos e, graças ao orgulho e a falta de comunicação sincera entre eles, o casal acaba ficando seis anos separado tentando se convencer de que agora se odeiam. Preciso dizer que chega uma hora que isso realmente cansa um pouco o leitor, já que fica bem óbvio que os dois se amam e que se fossem sinceros, tanto um com o outro como com si mesmos, eles já poderiam estar juntos há muito tempo.
Apesar de ter toda essa enrolação do casal tentando se decidir se se amam ou não, se confiam um no outro ou não, se ficam juntos ou não (sério, gente, isso realmente acontece e permeia boa parte da história. Não digam que eu não avisei -_-), ainda assim trata-se de uma relação bem divertida e envolvente, pois mesmo com todos esses questionamentos rondando a cabeça dos dois, eles simplesmente não conseguem ficar separados.
"– Não me aperte tanto – murmurou Georgiana, os dedos apertando os dele novamente.
– Desculpe – disse Tristan, retomando a distância adequada entre eles. – Hábito antigo.
– Não dançamos a valsa há seis anos, milorde.
– A senhorita é difícil de esquecer.
O verde-esmeralda frio dos olhos dela voltaram a encará-lo.
– Isso é para ser um elogio?
Meu Deus, acabaria sendo assassinado.
– Não. Apenas uma constatação. Desde que... nos distanciamos, a senhorita quebrou dezessete leques em mim, e agora me deixou com dois dedos do pé esmagados. Isso é difícil de esquecer."
Além do casal principal, a história também conta com excelentes personagens secundários, principalmente os dois núcleos familiares. Gostei MUITO da família do Tristan e da Georgie, principalmente pelo fato de não se tratarem daquelas famílias embuste, sabe? Ambas amam e se preocupam com seus familiares, e só querem o melhor para eles. Destaque especial à família Carroway, principalmente para Milly e Edwina, as tias cupido do Tristan que tentavam a todo custo juntá-lo à Georgie; ao Edward, o irmão caçula dos Carroway e um dos personagens mais fofos dessa história. Também não poderia deixar de mencionar o meu personagem preferido desse livro, meu neném injustiçado que, grazadeus, vai ter um livro só dele: Robert.
Robert é o irmão do meio da família Carroway e, sem dúvidas, o personagem mais complexo e enigmático dessa história, com todo o mistério que o envolve acerca do que ele viveu na guerra e de como isso o transformou de um menino alegre e cheio de vontade de viver, em um homem silencioso e triste, quase uma sombra do que um dia já fora. Com o desenrolar da história nós percebemos que, na verdade, todo o trauma que ele viveu acabou deixando-o depressivo e com uma certa fobia social, mas acredito que essa seja apenas a ponta do iceberg. Com certeza um dos melhores personagens! Ansiosíssima pelo livro com a história dele <3.
"– (...) não se deixe ser encurralada, Georgiana, não importa se isso significa ficar com o Tristan ou não. Não desista porque é mais fácil. Se o fizer, nada restará. Foi isso que eu vim lhe dizer."
Com uma narrativa tão envolvente e personagens tão divertidos, era de se esperar que esse romance se tornasse um dos meus queridinhos, no entanto, a realidade nem sempre vai de acordo com a expectativa, não é mesmo?
Apesar de ter gostado MUITO da história, dos personagens e da escrita da autora, eu tive um sério problema com a reta final desse livro. Não posso entrar em muitos detalhes para não correr o risco de soltar spoilers, mas digamos que, enquanto os dois primeiros terços do livro foram INCRÍVEIS e super prenderam a minha atenção, o último terço (que seria em torno dos sete últimos capítulos) foi só ladeira abaixo. O que era pra ser o clímax da coisa acabou não me agradando muito, já que, na minha opinião, só contribuiu para atrasar ainda mais o "felizes para sempre" do casal. Não agregou à história, sabe? Então pra mim não faria diferença ele existir ou não (na verdade, até faria diferença já que, caso não existisse, teria poupado muito estresse e raiva da minha parte).
Além desse clímax indiferente, também tive problema com o final propriamente dito. Teve uma cena em específico que eu fiquei bem "WTF??! Isso tá acontecendo mesmo?!" que eu achei bem desnecessária, servindo só para ocupar páginas que poderiam ter sido usadas para, de fato, desenvolverem o final. Por que sério, o que foi esse final SUPER às pressas? Você espera o livro todo pelo felizes para sempre e é daquela forma que a autora o entrega? Me pareceu que nem mesmo ela aguentava mais toda a enrolação do casal e só queria finalizar logo a história deles.
Sério, Suzanne? Assim fica difícil eu te defender. E eu achando que a gente já estava no nível de "mal conheço e já considero pakas". Poxa!
Apesar da reta final – e do final propriamente dito – terem feito com que a história perdesse alguns pontos comigo, ainda assim acredito que "Como se vingar de um cretino" se mantém uma leitura interessante e que merece uma chance de todos os fãs de romance de época.
É um livro que tem seus defeitos mas que, quando comparados às suas qualidades, a balança pesa mais pro positivo do que pro negativo. E se, assim como eu, você ficar um pouquinho decepcionada com a reta final da história, tenho certeza que a primeira metade vai compensar essa frustração e fazer a leitura valer a pena – mas, caso ainda assim fique bolada, veja pelo lado positivo, pelo menos conhecemos o Robert maravilhoso e agora podemos ficar ansiosas juntas no aguardo do livro dele, né nom? XD
É um livro que tem seus defeitos mas que, quando comparados às suas qualidades, a balança pesa mais pro positivo do que pro negativo. E se, assim como eu, você ficar um pouquinho decepcionada com a reta final da história, tenho certeza que a primeira metade vai compensar essa frustração e fazer a leitura valer a pena – mas, caso ainda assim fique bolada, veja pelo lado positivo, pelo menos conhecemos o Robert maravilhoso e agora podemos ficar ansiosas juntas no aguardo do livro dele, né nom? XD
Oi, Rafaela tudo bem? Muito boa sua resenha, me deixou por dentro dos acontecimentos da obra. Eu já tinha visto esse livro pela blogosfera, mas não tinha prestado tanta atenção nele. Vou dar uma procurada para lê-lo. Abraços!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com
Oi, Luciano! Tudo ótimo, e você? ^-^
ExcluirFico feliz que tenha gostado da resenha e que ela tenha servido para despertar o seu interesse. Espero que faça uma boa leitura!
Um super beijo e volte sempre! :* <3
Oi, Rafaela!
ResponderExcluirEu tbm adoro histórias em que os personagens vivem "entre o amor e o ódio". Fiquei curiosa para ler o livro. Uma pena que o final tenha decepcionado um pouco.
Beijos
Construindo Estante
Oi, Eliana!
ExcluirAaaaah, esse tipo de romance é MARAVILHOSO, né? Sempre me divirto horrores com os diálogos ácidos dos personagens XD
Siiim, o final deixou um pouquinho a desejar, mas não foi nada tão ruim a ponto de tirar o mérito da leitura, sabe? Ainda acho que vale a pena dar uma chance para essa história.
Um super beijo e volte sempre! :* <3
Oi, Rafaela! Tudo bem?
ResponderExcluirNão costumo ler romances de época, mas achei esse interessante! Também sou apaixonada por histórias em que os protagonistas se odeiam e depois ficam juntos haha. O bom do clichê é que não tem como dar errado, né?
Uma pena que a autora não tenha desenvolvido um bom final. Já tive uma experiência parecida, com um livro de romance que o final foi tão corrido que nem fez sentido. A impressão que deu é que a autora não aguentava mais escrever e queria terminar logo :(
Gostei muito da sua resenha :D
Bom fim de semana ♥
Estante Bibliográfica
Oi, Laura! Tudo ótimo, e você? ^-^
ExcluirSiiiiiim! Pra mim esse clichê é sucesso garantido, pelo menos no meu coraçãozinho <3 kkkkkkkk
É exatamente essa sensação que finais mal trabalhados geram, né? Como se nem mesmo a autora aguentasse mais a história. Aí fica difícil, porque se nem quem escreveu parece interessado no que está contando, imagine quem está lendo.
Fico feliz que tenha gostado da resenha! Um ótimo fim de semana pra você também!
Um super beijo e volte sempre! :* <3
Oi Rafaela,
ResponderExcluirMeu primeiro contato com a Suzanne Enoch foi bem positivo, tanto que quero ler mais livros dela, incluindo este.
Confesso que não espero muito de romances de época, mas mesmo assim eu adoro lê-los.
beijos
http://estante-da-ale.blogspot.com
Oi, Alessandra!
ExcluirAaaah, que bom saber disso! Eu também gostei MUITO da narrativa da Suzanne e, apesar de ter me decepcionado um pouquinho com a reta final dessa história, ainda pretendo ler mais livros da autora, já que a escrita dela é realmente maravilhosa <3
Quando se trata de romance de época, não tem como a gente esperar MUITA coisa, né? Querendo ou não as histórias são sempre muito parecidas e a gente já imagina como irão terminar. Ainda assim, quem resiste a um bom clichê romântico, não é mesmo? kkkkkkk
Um super beijo e volte sempre! :* <3
É... nem sempre um livro nos agrada por completo. Infelizmente esse foi um caso do tipo. Nunca li nada da autora, mas fiquei curiosa para conferir. Bjks!
ResponderExcluirMundinho da Hanna
Oi, Hanna!
ExcluirSiiiiim, infelizmente, faz parte do processo, não é mesmo? Ainda assim, fico feliz de ter gostado da maior parte da história ^-^
Eu super te recomendo a conhecê-la então. Apesar de não ter sido um livro perfeito, o talento da Suzanne para a criação de narrativas extremamente envolventes é inegável. Autora mais do que recomendada!
Um super beijo e volte sempre! :* <3
Oi
ResponderExcluirque bom que gostou da leitura, apesar da reta final ter meio que danificado um pouco a experiência, esses dias eu li um romance que a reta final acabou enrolando também.
Nunca li nada da autora, parece ser uma boa escrita.
http://momentocrivelli.blogspot.com
Oi, Denise!
ExcluirSiiim, a reta final foi um pouco problemática, mas fazer o que, né? O jeito é focar na parte boa (que foi bem maior) e deixar de lado a ruim, pelo menos assim a gente sente que a leitura serviu pra alguma coisa, não é mesmo? XD
Um super beijo e volte sempre! :* <3
Olá, Rafa
ResponderExcluirEu só tive contato com a escrita da autora através dos livros da Lady Whistledown. Gostei muito da forma que ela conta as histórias, mas até hoje, quase um ano depois, não li nenhum livro dela. Se tem uma coisa que eu aprecio é essa coisa de ódio que vira amor e também o fato dos personagens secundários serem relevantes.
É um livro que está na minha meta, só não sei quando vou ler porque ando cheia de leitura acumulada...
Beijos
- Tami
https://www.meuepilogo.com
Oi, Tami!
ExcluirApesar de "Lady Whistledown" ser escrito por mais de uma autora, acho que já deu pra ter um gostinho de como a narrativa da Suzanne é maravilhosa, né? (se não deu, então você PRECISA adiantar algum livro dessa autora na sua TBR - tipo assim, pra ontem u_u kkkkk).
Siiiiiim! Ódio que vira amor e personagens secundários bem desenvolvidos são ÓTIMOS dentro de uma história e, sem dúvidas, ganham muitos pontos no meu conceito de amor u_u
Como já disse, recomendo que você adiante a leitura de Suzanne Enoch na sua lista porque, apesar dos pesares, ela possui uma escrita que vale muito a pena ser lida.
Um super beijo e volte sempre! :* <3
Que pena que perdeu um pouquino do brilho durante a leitura, mas se a primeira metade já valeu a pena, ta valendo, não é mesmo?
ResponderExcluirEsses romances de epoca sao bons pra gente desligar um pouquinho e viver um amor e já esperar pelo proximo mocinho maravilhoso HEHEHEHE
Beijocas da Pâm
Blog Interrupted Dreamer
Oi, Pâm!
ExcluirEXATAMENTE ASSIM! O jeito é focar no copo meio cheio, não é mesmo? XD
Siiiiiim! Eu ADORO romances de época justamente por isso, e já estou sofrendo na espera do livro do Robert. VAMO AGILIZAR ISSO AÍ, HARLQUIN!
Um super beijo e volte sempre! :* <3